Obesidade infantil

Em 2006, a prevalência global de obesidade em crianças e adolescentes era de 16,8%. Dez anos depois, em 2016, ela já tinha saltado para 21,7% no mundo. Como vimos, a obesidade infantil está aumentando no mundo inteiro e sabemos que é bem provável que uma criança acima do peso continue com quilos além da conta na fase adulta.

Critérios para obesidade infantil

Toda criança deve ter seu IMC calculado e avaliado de acordo com as tabelas da OMS pela idade para diagnosticar de forma adequada crianças com sobrepeso e obesidade. O cálculo do IMC simplesmente sem o uso das tabelas da OMS para diagnóstico de obesidade infantil é inadequado.

Isso é importante pois sabemos por exemplo que o risco de diabetes tipo 2 é quatro vezes maior em crianças e jovens que se encontram com um IMC acima do normal.

Quais fatores contribuem para a obesidade infantil

Chama atenção um estilo de vida um tanto virtual das crianças. Estes hábitos, cada vez mais frequentes no mundo inteiro, estão tornando as crianças mais sedentárias, e o comportamento sedentário está diretamente ligado ao excesso de peso e à obesidade, especialmente em crianças e jovens.

E o tratamento?

O tratamento da obesidade infantil deve ser feito preferencialmente com uma equipe multidisciplinar com endocrinologista, nutricionista, educador físico. A proposta inicial de tratamento da criança e do adolescente com obesidade infantil deve ser com ajustes do estilo de vida.

Em relação a alimentação, uma dieta hipocalórica terá maior sucesso, no sentido de aderência inclusive, se for totalmente personalizada. Organizar os horários para a alimentação, incentivar o consumo de alimentos e bebidas com qualidade nutricional e dar o apoio emocional necessário aumenta a chance de sucesso do tratamento.

Para evitar o sedentarismo e outros maus hábitos que favorecem o ganho de peso na infância, a Academia Americana de Pediatria estabeleceu um limite claro: duas horas por dia diante de telas. E  isso, para meninos e meninas acima dos 2 anos de idade, antes disso o tempo de tela é zero. Entretanto, manter as crianças longe de seus dispositivos não é tarefa fácil mas os pais devem ter regras e impor limites. Uma dica é manter estes dispositivos fora dos quartos e também da mesa de jantar.

O consumo passivo também deve ser evitado. Por exemplo deixar a televisão ligada mesmo quando não há ninguém assistindo.

Há casos que precisam ser tratados com remédios e, mais raros, até mesmo com cirurgia bariátrica — no caso, indicada para pacientes acima de 16 anos, em que nada mais funcionou e que apresentam condições cognitivas e psicológicas favoráveis. Assim, é sempre importante o seguimento com endocrinologista para avaliar o melhor tratamento para cada criança.

Conte comigo para cuidar do seu filho!

Sou dra Bruna Ferolla, endocrinologista pela USP e estou aqui para te ajudar a cuidar da sua saúde e melhorar sua qualidade de vida! Conte comigo!

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